Todos os dias é a mesma coisa nada muda, parece que as estações combinaram de uma só ficar dominante, o sol vem e vai fica de revezamento com a chuva, e eu vou levando a vida como uma mulher grávida que espera que logo tudo saia de onde está e mude a vida completamente...
Sinto-me presa na monotonia que
criei pensando que eu realmente precisava disso tudo e o pior é que eu preciso!
Mas esqueci de que preciso da minha liberdade, não nasci no mar, não sou
sereia, não nasci pássaro, mas quero voar e só voo aqui nas palavras, no
papel... Quero fugir da monotonia, do parado, do comum, quero mudar, mudar
algo. MUDAR!
Sempre tenho essa necessidade de
mudança que traduz algo de mim, o que? Eu não sei, eu quero viajar, pra lugares
inusitados, que tem nos livros, pode ser pro Quawi, ou até mesmo para Fantasia,
qualquer lugar que me deixe livre de tudo isso que vejo hoje, de tudo que me
assombra, de tudo que me denota os sentidos que hoje sinto. Quero emoção, e
tranquilidade, o som dos pássaros, e da água. Estou perdendo muita coisa nesse
lugar fechado, minha alma grita ela quer sair! Quero sentir um cheiro de mato,
ou de areia, quero ouvir o silêncio ou quero ouvir somente a minha alma
gritando de alegria e calma. Então vivo me perguntando se tudo o que vivemos
hoje nos trará realmente proveitos futuros.
Sabe aqueles momentos de
desespero para ter algo, ou ser alguém que sinceramente nossa alma grita
dizendo que não é por ai, não é isso ou assim que deve ser? Será que vale a
pena eu me acabar de trabalhar pra dar um bom futuro aos meus filhos, mas nem
ao menos posso dar um beijo neles, pois sempre estou ocupado? Será que vale a
pena eu correr tanto para não chegar atrasado aquele compromisso que eu tenho?
Será que vale a pena eu escrever uma poesia pra você e mesmo assim saber que
você nunca irá ler? É esse ‘Será que’, que me indica a dúvida a dor, eu preciso
viver, Será que vale a pena eu viver do jeito que vivo, ou devo parar um pouco
para pensar? Se ainda me restam dúvidas, sei que existe uma talvez certeza, sou
um ser pensante, que me vejo preso as minhas constantes dúvidas. Todas essas
dúvidas me consomem e o 'Será que' me devora. Como vou saber se é amanhã ou
agora?
Então dane-se a sociedade que não
aceita a minha opinião, meu desejo de ser seja lá o que eu quero ser, vou
viver, vou escrever cartas de amor, poesias, mesmo se você não for ler, um dia
alguém as merecerá, dane-se o trabalho vou me deitar ao lado dos livros ler, ou
vou contar uma história da minha infância para meus filhos, dane-se tudo a
pessoa que está me esperando pode me esperar um pouco mais, a livraria está
aberta, o sorvete é tão gostoso, preciso parar vou perder esse tempo e ganhar
um pouco mais da minha vida. Não quero falar de tristeza quero falar de amor,
mas um amor que se remete a mim, totalmente a mim vou amar a minha vida e
amanhã entenderei quão satisfatório foi viver sem medo de viver!
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